Dead Island [Análise]



PONTOS POSITIVOS

  • Personalidade própria
  • É fácil, em um primeiro momento, comparar "Dead Island" com "Left 4 Dead": é um jogo de visão em primeira pessoa, com um forte elemento cooperativo online para 4 jogadores. Também é tentador comparar o jogo com "Dead Rising", afinal, você pode criar e modificar armas e enfrentar hordas de zumbis.
    Felizmente, as comparações acabam assim que o jogo começa. Com um mundo aberto único para explorar e mecânicas mais próximas de um RPG, "Dead Island" é um game com personalidade própria e uma abordagem única do terror de sobrevivência, algo que poderiamos chamar de "Verão dos Mortos".
  • Cenário envolvente
  • A ilha que serve de cenário para o apocalipse zumbi apresenta uma boa variedade de locações: além do hotel onde o jogo começa, com suas praias, bangalôs e outras instalações, há estradas, um farol e uma densa selva tropical.
    Explorar esse mundo é uma tarefa que nunca cansa e está sempre carregada de tensão. É preciso planejar bem cada incursão e em pouco tempo você se pega avaliando se vale a pena espiar o que há depois de uma cerca, ou se os itens no balcão do bar compensam encarar os mortos-vivos.
    Você nunca está seguro em "Dead Island" e o jogo consegue transmitir bem essa sensação. É possível só explorar a ilha conforme surgem missões em cada área, mas é difícil resistir ao desejo de conhecer cada metro quadrado do lugar.
  • Sistema de combate
  • Munição não é uma das coisas mais comuns na ilha, o que faz sentido se você lembrar que "Dead Island" se passa em um hotel tropical e não em uma base militar. Assim, boa parte do combate é feito com armas brancas improvisadas. Remos, facas de cozinha, canos e tacos de beisebol estão entre as opções. É possível aprimorar as armas para durarem mais ou causar mais dano. Mais importante, as armas se desgastam, então é preciso ficar sempre de olho em novos equipamentos.
  • Classes de personagem
  • No começo de "Dead Island", você escolhe entre 4 personagens. Mais do que protagonistas com histórias pessoais cativantes, o quarteto representa classes de personagens e estilos de jogo. Logan é bom com armas de arremesso, Sam B prefere marretas e tacos de beisebol. Xiam Mei é uma personagem rápida e equilibrada e Purna, manda bem com armas de fogo. Cada um deles tem 3 árvores de habilidades, o que permite que você molde o personagem de acordo com seu estilo de jogo.
  • Multiplayer
  • Jogar online em "Dead Island" é muito fácil. O game avisa quando outro jogador está nas redondezas e você pode convidar ou pedir para entrar no jogo rapidamente, sem sair da partida. Só é possível jogar com pessoas que estejam no mesmo nível ou menor e os jogadores podem escolher o mesmo personagem. Com o sistema de habilidades e o arsenal variado, dificilmente 2 personagens serão exatamente iguais. Ainda assim, um grupo com 4 personagens diferentes torna a partida um pouco mais fácil e muito mais divertida.
  • Combate sangrento
  • Os zumbis de "Dead Island" tem seus membros mapeados individualmente. Na prática, isso significa que você pode decepar braços e pernas, esmagar crânios e arrancar lascas dos mortos-vivos, tudo acompanhado de esguichos generosos de sangue. O jogo premia golpes certeiros com bônus de experiência.
    As lutas podem ser brutais e dramáticos, com zumbis agarrando seu personagem pelo pescoço e golpes desesperados para todo lado. A barra de vigor, que se esvazia rapidamente, garante o drama, quando é preciso escolher entre bater ou correr para lutar outro dia - ou alguns minutos depois.

    PONTOS NEGATIVOS

  • Controle analógico
  • O game oferece a opção de "combate analógico", em que você usa uma das alavancas para controlar a arma na mão do personagem. Parece uma boa idéia, mas na prática, não funciona muito bem e torna tudo exageradamente difícil. Por sinal, é o mesmo conceito adotado por "Too Human", game que não ficou famoso por sua alta qualidade.
    É melhor ficar com o controle tradicional, onde o ataque fica mapeado em um botão e só é preciso apontar e se afastar ou aproximar para aplicar golpes diferentes.
  • Tiroteio rudimentar
  • Armas de fogo não são o foco de "Dead Island", o que pode decepcionar os desavisados. Pior ainda, o uso dessas armas é bem simples, sem os requintes e o esmero dos grandes jogos de tiro, como "Call of Duty" ou "Battlefield". A experiência de tiro aqui é mais parecida com "Fallout 3", mas sem o recurso de pausar e escolher onde atirar. Em "Dead Island", usar uma arma de fogo se resume a apontar e atirar.
  • Defeitos visuais
  • "Dead Island" não é um jogo feio. De fato, suas paisagens tropicais chamam a atenção, com uma paleta de cores que vai bem além do marrom e cinza que predomina nos jogos de tiro em primeira pessoa. Porém, o jogo é cheio de problemas gráficos, com objetos que se cruzam, luzes que vazam para dentro de paredes, texturas em baixa resolução aqui e ali e outras falhas menores.
    No PC os erros são mais gritantes, mas as versões de PlayStation 3 e Xbox 360 não estão livres de problemas. Independente dos "bugs", o jogo também não traz modelos muito caprichados, o que não é um problema quando o que você vê é um bando de cadáveres ambulantes, mas é chato quando você interage com outras pessoas, que não parecem mais animadas do que os mortos-vivos, nem mesmo nas cenas de corte.
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